terça-feira, 10 de novembro de 2009

Carlo Gesualdo, Herzog


O aristocrata Carlo Gesualdo (1566 aprox.-1613) encontrou a mulher e um homem na cama. Matou os dois de maneira brutal. Antes, conta a lenda, obrigou o homem a vestir uma roupa da mulher. O amante morreu de vestido implorando pela vida. O traído mutilou os corpos e os largou na porta do palácio. Rumores ainda dizem que matou o próprio pai e também um filho por suspeitar de sua paternidade. Casou-se depois com Leonora D’Este - a mesma que no post seguinte aparece apaixonada pelo poeta Torquato Tasso. Mundo pequeno! Ela, filha de Lucrecia Borgia. O casamento não vingou. Ele retira-se em seu castelo, melancólico e culpado. Aprofunda-se em estudos musicais e compõe os madrigais mais expressivos da Renascença. Amor, dor, morte, êxtase e agonia – palavras repetidas nas suas composições de forma vibrante. Gesualdo inovou nas suas composições. Criou um estilo único e próprio. Deixou vasta obra. Célebre compositor dos Motetos Marianos. Célebre assassino e, suspeita-se, assassinado pelo próprio filho que teve com a adúltera!
Anatole France, Júlio Cortazar, Aldous Huxley fizeram literatura a partir do personagem. Strasvinsky arranjou seus madrigais em “Monumentum pro Gesualdo”. O cineasta Werner Herzog fez um filme em 1996 para a TV alemã: “Morte para Cinco Vozes”, filmado no próprio castelo de Gesualdo.

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