quarta-feira, 29 de agosto de 2012

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

domingo, 19 de agosto de 2012

terça-feira, 14 de agosto de 2012

sábado, 11 de agosto de 2012

Picasso

Lascaux_França_pinturas rupestres_17.000 AP




http://www.lascaux.culture.fr/?lng=en/#/fr/00.xml

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lascaux

René Char_A Besta Inominável

A Besta Inominável encerra a marcha do gracioso
Tropel, como um cíclope burlesco.
Oito chacotas formam seu adorno, dividem sua loucura.
A Besta arrota devotamente no ar rústico.
Seus flancos estufados e caidiços são dolorosos, vão
Se esvaziar de sua prenhez.
De seus cascos até suas vãs defesas; ela está
Envolta em fedor.

Assim me aparece no friso de Lascaux, mãe fantasticamente disfarçada,
A Sabedoria com os olhos cheios de lágrimas.




Parque Nacional da Serra da Capivara _São Raimundo Nonato_Piauí

Louis Soutter_1871-1942





http://fr.wikipedia.org/wiki/Louis_Soutter

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

....Por qué no me enseñaste como se vive sin ti....



Tu me acostumbraste...

Tu me acostumbraste
A todas esas cosas
Y tu me enseñaste
Que son maravillosas
Sutil llegaste a mi
Como una tentación
Llenando de ansiedad
Mi corazón.

Yo no concebía
Como se quería
En tu mundo raro
Y por ti aprendí
Ahora me pregunto
Al ver que me olvidaste
Por qué no me enseñaste
Como se vive sin ti

Chavela Varga_1919-2012


domingo, 5 de agosto de 2012

Ulla von Brandenburg_kulissen



http://www.galerieartconcept.com/2012/?page_id=166

Jorge Hue_Casa Brasileira_sexta

Dostoiévski

"Eu sou um filho do século, filho da descrença e da dúvida; assim tenho sido até hoje e o serei até o fim dos meus dias. Que tormentos terríveis tem me custado essa sede de crer, que é tão mais forte em minha alma quanto maiores são os arguementos contrários."

trad.Paulo Bezerra

Vale a pena?_Antonio Prata


Vendo esses atletas ganharem medalhas, quebrarem recordes, suarem a camisa e botarem os bofes pra fora na terra, na água e no ar, oscilo entre a admiração e a pena.

Admiração pelo talento, e, principalmente, pela força de vontade. Ó o Phelps: o cara tá nadando desde os sete anos de idade, tá há 12 competindo em Olimpíadas, querendo se tornar o maior medalhista de todos os tempos e então, pronto, tornou-se. Bonito. Mas essa mesma força de vontade, tão desproporcional quanto as coxas do Robert Förstemann --aquele ciclista alemão que parece primo do He-Man-- me dá certa pena.

Coitados desses caras! O Thiago Pereira disse que chega a vomitar após alguns treinos. Cesar Cielo falou que sai das provas quase desmaiando. Esse pessoal tá se preparando desde criancinha, atravessou a adolescência focado, deixou de namorar, de viajar com os amigos, de passar mal depois de beber Campari com Fanta Uva, enfim, deixou de fazer todas as besteiras fundamentais da juventude para conseguir encostar numa parede 0,2 s antes, pular 1 cm mais alto, levantar 1 kg a mais. Valerá a pena tanta dedicação?

Veja, não é a inutilidade dos feitos que me incomoda. Pelo contrário. Acho que, num mundo sem Deus e sem sentido, é uma postura nobilíssima dedicar a vida a um jogo. Que bela vingança contra a morte, que elegante desdém diante do vazio é especializar-se em meter uma bola entre três traves, em rebater uma peteca por cima da rede, em dar piruetas e depois cair numa piscina. Mas só vale se for possível extrair dessas atividades algum prazer --e, com o nível de exigência que o esporte alcançou, acho difícil que os atletas estejam se divertindo.

Quando Phelps chegou em quarto, na sexta-feira passada, muitos se perguntaram se ele teria realmente treinado menos do que o necessário e se, depois de duas Olimpíadas de glória, Londres seria um fiasco. Secretamente, torci por isso. Não porque queira mal ao nadador, mas porque achei que veríamos então, finalmente, no meio de tantos super-heróis, um espetáculo humano, demasiado humano: um homem que tinha tudo para ser o maior de todos os tempos e deixou a chance escapar --por preguiça, por tédio, por irresponsabilidade ou qualquer outra fraqueza comum a todos nós. Esse fracasso seria uma lição bonita, mais bonita que suas vitórias.

O slogan de Londres 2012 é "Inspire a generation": Inspirar uma geração. Inspirar para quê? Para que essa geração aprenda a abrir mão de tudo e aguente toda a dor necessária em nome de um objetivo? É uma postura boa para construir campeões e malucos. Daí saem medalhistas, soldados e fiéis. É pra isso que serve o esporte? É isso o que queremos da vida?

Folha. 3.08