Resumindo bem: Galatea, branca como o leite, chorou a morte de Acis e deu vida, ajudada pelos deuses do Olimpo, a um rio de águas puras ao derramar o sangue do amado na terra.
É o rio Acis que corre na Sicília.
A mitologia em torno de Acis e Galatea começaria em
Acis foi morto pelo ciclope Polifermo, que apaixonado pela nereida Galatea, não admitia o amor da bela pelo pastor.
Sangue derramado, rio formado e não esqueço o espetáculo do Les Arts Florrisants, onde num recital encenado, o grupo barroco apresentou na Sala Cecília Meireles a linda ópera de Haendel inspirada nos célebres amantes.
Faz séculos que vi esse espetáculo – mas hoje acordei com a ópera Acis e Galatea na imaginação.
O rio brotado do sangue de Acis correu tranqüilo para o mar, onde mergulhou a nereida Galatea, banhando-se assim, nas águas do seu amor.
Final feliz.
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O casal, antes da chegada do monstro, numa tela de 1827 de Alexandre Charles Guillemont.
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...escondidos do assassino num detalhe de uma tela de Antoine Jean Gros, 1833.
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... e continuam escondidos na tela de Édouard Zier, 1877
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...E o fim - ou o começo de tudo, numa tela de Lucas Auger, séc. XVIII.
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E esta cena figura no centro da Fontana de Médicis, no Jardim de Luxemburgo, Paris: lá está o monstro prestes a golpear Acis em plena Rive Gauche:
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