terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Star Princess

Um acaso me levou ao porto do Rio de Janeiro. Cheguei eu e milhares de turistas ao mesmo tempo. Era o navio Star Princess que atracava. Nunca tinha estado perto de um navio tão grande. É como se o Shopping Rio Sul tivesse singrado mares e atracasse com seus afoitos compradores numa das mais belas e mais mal tratadas baías do planeta.
Parece um prédio em Miami, ou na Barra da Tijuca tamanho GG:Nunca vi tantas malas juntas. Um armazém inteiro do Porto - onde na véspera acontecera um Bailinho, estava tomado por milhares - não é exagero - milhares de malas. (à saber: Fendi e Louis Vouitton em alta para esse tipo de turista). Não era permitido fotografar o lugar das malas - o segurança disse que iria "prejudicá-lo". E como não quero prejudicar ninguém, tenho apenas uma foto das malas que aguardavam do lado de fora para serem colocadas em caminhões. Repito, caminhões!Filas e mais filas de gringos encalorados. Placas e mais placas de guias turísticos esperando grupos e sub-grupos que se formavam e fugiam dos tantos taxis oferecidos em todas as línguas possíveis. Filas e mais filas se formavam ao sol. Fiquei impressionadíssimo e amedrontado com tamanha gincana, parecia Guantanamo versão férias - se isso fosse possível:


Uma avalanche, um despejo de estrangeiros que, ok, vão deixar considerável soma de dinheiro na cidade, voluntária ou involuntáriamente, aliás. Estrangeiros que agora devem estar em Copacabana ou quem sabe no Catete tentando entender o incompreensível: a beleza que o Rio oferece não pode caber no coração de quem atravessou o oceano dentro de um shopping.
Ou vai ver que sim.