"Java, devido à sua posição geográfica, tem sido um ponto de interface entre os continentes e entre os oceanos há muito tempo. Assim, a sua história cultural é uma história de sincretismo. Este "sistema" é o "combustível" de sua civilização. A "máquina" de sua cultura.
A instalação Java’s Machine: Phantasmagoria, tenta mostrar a forma / figura de um soldado, como pode ser visto no centro de Java. Podemos perceber o soldado de Java como um retrato do sincretismo, como o Javanês tenta mesclar crenças divergentes e culturas que vêm para Java. Isto pode ser notado em seus uniformes, que são, na verdade, colagens de várias culturas e tradições: Hindu, Islamismo, Ocidente e as tradições locais. Este é um novo campo de batalha para os soldados javaneses, uma guerra contra a idéia de homogeneização. "
A partir de um texto de Jompet Kuswidananto, artista indonésio que criou essa instalação que já passou por algumas bienais.
© Fotografia: Haupt & Binder
Os “jogadores de fita” anunciam um discurso gravado que descreve quem é hoje o inimigo de Java e o campo de batalha. É um discurso convidando as pessoas para enfrentar a guerra: “.... Senhoras e senhores, os inimigos em Java hoje não são apenas inimigos. Eles podem também estar sob a forma de objetos. Hoje, eles são as “redes”! Eles não atacam o corpo. Mudam os sonhos ....”
Não conheço nada da questão política em Java, nem entendi muito bem quais as redes (networks no original) que mudam os sonhos.
Independente do conteúdo político, adorei esses soldados invísiveis e seus gravadores. Não precisa entender javanês para compreender a "invisibilidade" que a obra tenta abordar.