Admiro muito a obra de Efrain Almeida e tive a sorte de conhecê-lo numa situação especial: na gravação de um documentário no Japão no ano passado. Fomos juntos ao inesquecível outono de Kyoto. Ele tornou-se personagem do filme e eu passei a gostar mais (ainda) da obra dele.
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"A trajetória de Efrain é fortemente marcada pela observação de dois ambientes familiares: a marcenaria do pai e o jardim da mãe na casa de Boa Viagem, interior do Brasil. Dali, o artista retira tanto o ofício e a materialidade de sua produção, a madeira umburana, plantada nos terrenos da família, quanto ultrapassa os limites geográficos e conceitua de forma contemporânea a idéia de natureza. Na exposição Quintal, Efrain apresenta-nos uma riqueza de tratamentos diferenciados na madeira. Compõem a exposição um conjunto de 22 mariposas que já foi exposto em Tókio e Portugal e chega, pela primeira vez, ao Brasil, além de outras esculturas: Assum Preto, escultura com dois pássaros ligados por um fio de canutilhos vermelhos; oito pintinhos e um pequeno galho, todos em umburana. Completa a mostra um trabalho em gravura feito no Cariri com xilogravadores para o Clube de Gravura do MAM de São Paulo."