O bruno e eu pedimos a isabel maria
dos santos martins lhano em casamento e
havemos de a convencer a ser
bígama e a ter por nós um amor
uno. vamos mostra-lhe os nossos
corpos nus e permanecer diante dela
como oferendas eufóricas, sobrevivendo
à custa da atenção que nos dedicar. o
bruno e eu vamos comprar-lhe roupas belas
de mulher e vamos vesti-la como
uma rainha muito acima dos nossos
corações. vamos beijá-la devagar, habituando
os nossos lábios à textura dos seus dizendo-lhe
só coisas importantes e declarações de
amor perfeitas. a partir daí, explicaremos a felicidade
pelo seu âmago a quem quer que
se nos abeire e se importe ainda com
as emoções. a isabel, estamos os dois
convencidos disso, fará o seu papel majestoso
como por natureza e lentamente nos ensinará
os modos dos príncipes encantados para
vivermos todos os três na intensidade maior
da existência. vamos servir de exemplo para
sempre, lembrados por toda as pessoas
que buscam coisas maiores nas relações que
estabelecem com os outros. eu e o bruno e
a isabel, vamos colocar-nos de rostos à
mostra no meio das ruas e quem passar
verá em nós caminhos de profunda
honestidade que levarão quem os aceitar
ao intimo mais eterno do afecto e
a partir de então as coisas abstractas serão
concretas e não haverá erro para todo o sempre
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