sábado, 20 de fevereiro de 2010

Um poema, um filme

MOVEDIÇO

sou antigo e
movediço
como o mangue

não sei
como não enlouqueci
aos 16

ainda tenho forças
pra destruir este quarto
este corpo os postes
da rua –

mas não posso
morrer não posso
não assim
maravilhado
*
Fabricio Corsaletti
*

Cena do filme O Sacrifício de Tarkovsky - onde num terreno meio mangue se fala do fim.