sábado, 10 de abril de 2010

"No infinito. Praticamente infinito não é extamente infinito, termina pouco, alguns milímetros, antes do nada. Desapareceu alguma coisa que é muito pouco e, por isso, infinitamente muito. Milhões são o Algo que desapareceu. Quase infinitamente muitos, o que é muito pouco, o que é muitíssimo. Milhões de alças para se segurar teriam existido, mas nada em que poderiam ter sido instaladas. Nada com que se envolver. Ninguém com quem se envolver. Milhões partem. Quase ninguém. Ninguém em casa."
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Elfriede Jelinek
Epígrafe do livro de poemas Lar, de Armando Freitas Filho.
Vendo a obra de Carlito, abaixo, lembrei deste texto...