Ler um livro na adolescência... guardar imagens... que bom que esse livro nunca virou filme... que bom que esse filme ainda continua vivo na memória de todos aqueles que leram e colheram palavras e cenas tão cruas e primordiais. Acho que passei de Monteiro Lobato para Salinger.
Ainda guardo meu exemplar despaginado, herança materna...
Lembro do adolescente protagonista - um amigo meu.
O livro que inaugurou a minha juventude.
Salinger morreu. O livro está na minha estante.
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"Aí foi embora. O cara da Marinha e eu dissemos que tinha sido um prazer conhecer um ao outro. Esse é um troço que me deixa maluco. Estou sempre dizendo: “Muito prazer em conhecê-lo” para alguém que não tenho nenhum prazer em conhecer. Mas a gente tem que fazer essas coisas para seguir vivendo.
Depois que eu disse a ela que tinha um encontro marcado, não podia mesmo fazer droga nenhuma senão sair. Nem podia ficar por lá para ouvir o Ernie tocar alguma coisa minimamente decente. Mas não ia de jeito nenhum sentar numa mesa com Lillian Simmons e com aquele cara da Marinha e morrer de chateação. Por isso saí. Mas fiquei danado quando apanhei meu sobretudo. As pessoas estão sempre atrapalhando a vida da gente.”
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